Lembranças e jogá-las no fundo do poço.
Mas esqueci de fechá-lo.
Então tive que
tentar mais uma vez, e dessa vez lembrei de tampar. Mas elas já tinham
aprendido a escalar o poço. E faziam tanto barulho enquanto tentavam abrir a
tampa, que acabei cedendo.
Elas invadiram meu quarto, se esconderam em
pequenos cantos que a princípio nem pensava poderem caber ali, mas ao longo do
tempo eu mexia nas minhas coisas e sem querer elas apareciam.
Lembranças gostam desse tipo de jogo de esconde
esconde. Meu problema, é que só vou atrás das ruins… as boas continuam
escondidas em cantos pequenos e escuros, esquecidos por mim.
Não lembro como se faz para chegar ao
poço, não tenho mais vontade de levá-las até lá e tentar inutilmente esquecê-las.
Deixo elas aqui, para me lembrarem de tantas coisas ruins que me fizeram ser
quem eu sou.
E quando tudo
der errado, elas vão sair dos esconderijos sem eu me dar o trabalho de procurá-las
e vão dizer “ não é a primeira vez que isso acontece.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário